quarta-feira, 10 de agosto de 2011

30 Coisas que Incomodam

Inspirada pelo video do PC Siqueira:


Em 24h de existência, o que pode me incomodar (e muito provavelmente vai):       
  1. Acordar. Ponto. Tenho preguiça de existir.
  2. Checar todas as coisas importantes (chaves de casa, celular, fone, gloss, bilhete único) para sair de casa, e quando chego no térreo, descubro que chequei feito minha cara e esqueci algum item que eu achei que estava checado.
  3. Estar a poucos metros de distância do ponto, e ver o ônibus ir embora sem você. (porque se tem uma coisa que eu me recuso é sair correndo para pegar ônibus. Sou pedestre mas ainda tenho glamour)
  4. Estar no ponto, mas seu ônibus contornar todos os outros que estão parados e não parar, e ficar mergulhado no constrangimento por ter dado sinal e ficado no vácuo (tem aqueles que xingam o motorista p/ só deixar o constrangimento menor)
  5. Finalmente entrar no ônibus e ele estar cheio, muito cheio, cheio daquele jeito que você não imaginava nem no pior dos seus pesadelos. E vir alguém e puxar o fone do seu ouvido na tentativa de passar.
  6. A pessoa à frente, na catraca, ficar procurando as moedinhas para pagar o cobrador.
  7. Gente que conversa dentro do ônibus, como já expressei anteriormente aqui (procure o post, estou com preguiça de criar o link)
  8. Transporte público de forma geral. Vamos resumir, senão a lista vai para mais de 100 itens só nesse quesito.
  9. Chegar no trabalho, mal sentar na cadeira e já vir alguém perguntando alguma coisa importante. E a pessoa não se intimida pelo fato de você ainda estar fazendo login na máquina, segurando um café com leite numa mão e um pão na chapa na outra. E o pior de tudo: ela sabe que a sua resposta será “deixa eu abrir meu Outlook que eu te respondo”, mas ela te incomodará mesmo assim.
  10. Mal entrar no MSN e alguém vir dar “bom dia”.
  11. Pessoas me dando bom dia independente da forma de comunicação, na verdade. Eu sou um demônio de mau humorada quando acordo. Não me deseje bom dia, espere eu voltar a ser um ser humano primeiro.
  12. Gente entusiasmada contando o fim-de-semana sem graça que teve.
  13. Pensar que provavelmente meu fim-de-semana foi mais sem graça ainda que o da pessoa.
  14. Telefone tocando logo cedo. (Cedo = até 11h)
  15. Gente que para do seu lado para conversar e fica olhando tudo o que está aberto na tela do computador.
  16. Ir almoçar em praça de alimentação de shopping.
  17. Ir almoçar com gente chata que você não conseguiu evitar que fosse junto.
  18. Socializar. Não tenho o dom.
  19. Sustentar a socialização pós-almoço, quando você encontra as mesmas pessoas chatas no café.
  20. Perder o crachá e ficar esperando alguém abrir a porta.
  21. E quando alguém finalmente surge, faz a já clássica piadinha “Ih, sem crachá? Passa ali no RH que eu acho que aconteceu alguma coisa hein” rá-rá
  22. E essa piadinha fica ainda mais insuportável porque eu trabalho no RH.
  23. Tentar escovar os dentes catorze vezes e o banheiro sempre estar ocupado.
  24. Você desistir de escovar os dentes, e depois, quando passa em frente ao banheiro, vê que ele está desocupado.
  25. Mas entre ir pegar a nécessaire e voltar, já está ocupado de novo.
  26. Ar condicionado e mulheres. Odeio mulher friorenta que reclama do ar condicionado. Odeio. Com toda minh’alma.
  27. Ir embora no horário. Sempre tem alguém que vai fazer a piadinha “Está desmotivado? Já vai? Fica mais um pouco!”
  28. Mais fácil incluir nesta lista Piadinhas de Firma. Todas elas incomodam.
  29. Bom, e aqui o transporte público novamente, no retorno ao lar.
  30. Finalmente chegar em casa. Mas já está tarde e não dá tempo de fazer tudo o que se quer, porque no dia seguinte essa lista começa outra vez.
Mas sabe o que faz a vida valer a pena? Isso aqui:



TEQUILA!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Socializando com seu chefe: um breve relato

Noite de grande evento para nossa empresa. Ganhamos um prêmio de Melhor Empresa para se Trabalhar em Ti e Telecom (não, não receberei currículos, nem quero ler comentários perguntando sobre emprego) e eu e meu Big Boss, também conhecido como  Bruno Mazzeo (separados no nascimento) fomos a estes centros de convenções chiquérrimos receber o prêmio, devidamente embalados em terninhos e gravata.

No caminho, Bruno Mazzeo reclamava que seu celular não pegava e que tinha quatrocentas e dezenove pendências para ir resolvendo no caminho/trânsito até chegarmos ao centro de convenções. Eu, decidida a desempenhar o papel de “Funcionária Modelo de 2011” gentilmente ofereci:

- Qualquer coisa você usa o meu celular.
- Ah, olha, vou querer mesmo. Me passa ele.


Não era para você aceitar, Bruno Mazzeo. Eu só estava sendo gentil. Era só para constar.

Porque automaticamente veio na minha cabeça: EU SÓ TENHO R$5,60 DE CRÉDITO. Imagina o meu constrangimento se ele ligasse para um cliente e no meio da conversa super importante, a ligação cai, e o motivo? Meus créditos acabaram.

Seria aquele momento que, já que o constrangimento veio, nada deixaria pior, e eu certamente soltaria um comentário inadequado (porque eu sou meio  Luna Lovegood/Phoebe Buffay, sempre solto uns comentários nada a ver) como, por exemplo “Viu? Preciso de um aumento! Nem dinheiro para colocar crédito eu tenho!”
No meio dessa minha divagação, e ao mesmo tempo orando aos Céus que o celular dele resolvesse funcionar... *luz de milagre* Funcionou! Ufa! Foi por pouco.

Ok. Evento. Premiação. Booooring. Ali pro final da noite (dias e dias depois, no meu tempo psicológico) a empresa que ficou em primeiro lugar subiu ao palco para receber o prêmio. Óbvio que foi a Google que ganhou o primeiro lugar. E eu, sempre muito feliz nas colocações, viro para o meu Big Boss e digo:

- Ai, se eu soubesse que o cara da Google ia estar aqui, teria trazido meu currículo.
Quando eu terminei a frase, pensei que talvez não tivesse sido um comentário muito legal para se fazer ao chefe/dono da empresa. Talvez. Quando, para minha surpresa, ele vira e me diz:

- Se eu não tivesse a empresa, até eu entregaria meu currículo para ele. E Bruno  Mazzeo sorriu.

E eu sorri.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Divagações, parte 2

Como, normalmente, as sequências de alguma coisa nunca são muito boas, não espere nada muito valioso neste post. Mas, cá estou trabalhada no tédio, e divagando – como sempre.

Fones
Quando entro em algum ambiente mais privado (leia-se elevadores e ônibus), sempre acho que todo mundo está ouvindo a música que eu estou ouvindo. Tiro os fones, e fico uns segundinhos parada, checando se a música realmente está saindo somente pelos fones, aí coloco de novo.

Ok, fico mais calma, e passo a escutar a minha música em paz. ATÉ achar que alguém está falando comigo. Eu sempre acho que alguém está falando comigo quando estou de fones. Principalmente o porteiro: eu entro no meu prédio, vejo ele mexendo a boca e deduzo que foi um “Oi, Rubia, tudo bom?”, e respondo um “Tudo” no automático. Depois, fico encarando ele um pouco , pensando “Será que dei a resposta certa?” e só então resolvo tirar o fone. Aí, como tirei o fone e encarei ele, ele acha que estou falando com ele, mas não estou. Ficamos nesse desencontro de comunicação até, por fim, eu entrar no elevador.

Tudo por causa dos fones. Mas o que seria minha vida na cidade grande sem eles? E, principalmente, o que seria minha vida trabalhista sem eles? Seria impossível manter a boa convivência no trabalho se eu não tivesse, de vez em quando (ou sempre) a fuga para os meus fones.

Celular e banho
Também sempre acho que meu celular está tocando enquanto estou tomando banho. E sempre saio apressada, indo checar se tem alguma ligação perdida ou mensagem: nada. Quase nunca meu delírio auditivo é real, mas não importa – sempre irei checar.

Cenas pós créditos e 3D
Sempre considerei aquelas cenas finais que vem depois dos créditos de um filme o Ápice da existência. A Solenidade suprema da Sétima Arte, recurso que só deveria ser usado naquele filme – aquele! – filme que você é maníacamente fã. Sou do tipo que sempre fica nos créditos finais, porque acho deselegante (piada interna Deh!) não prestigiar todo aquele povo que fez o filme (estou super pronta para um discurso no Oscar, viram?!).

O mesmo digo para o 3D. Partilho da mesma teoria.

Mas, de uns tempos para cá, banalizaram tudo isso. Qualquer filmeco tem versão em 3D e cenas pós-crédito. ORKUTIZARAM recursos tão legais no cinema! Não gosto nem um pouco disso.
Aliás, não gosto de muitas orkutizações, mas isso pode ser tema para um próximo post.

Shuffle que lê pensamentos
Eu sempre deixo minha playlist no random/shuffle, porque assim sempre sou surpreendida com as músicas que irão tocar. Adoro essa surpresinha que o shuffle reserva (às vezes). Mas o que realmente me assusta é a transmissão de pensamento que existe com ele: sempre – sempre! – que eu penso em alguma música X, pronto! Ela começa a tocar.
É só comigo?

CANTINHO DO LEITOR
... E como algumas pessoas de fato lêem as coisas completamente aleatórias que escrevemos aqui, nosso querido leitor Thiago *voz da Xuxa* deu essa dica comparando Harry Potter com Star Wars. Eu comecei a comparar com Senhor dos Aneis, mas ele foi um pouco mais nerd (isso foi um elogio, viu?).


Enquanto houver leitores, haverá esperança!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Divagações...

Depois de ter sido atingida por um raio em uma viagem de “férias” e por um incêndio no meu prédio do trabalho, mas ainda viva, eis que minha pobre cabecinha tem feito o que faz de melhor: divagar.
Perita que sou em pensamentos e comentários totalmente aleatórios, vou compartilhar alguns deles .

... sobre Música.
Sempre que eu vou baixar uma música, fico impressionada com a facilidade de acesso que temos a elas hoje. Não importa quantos downloads eu faça, sempre me surpreendo em como foi simples e rápido, sempre a sensação de “nossa, esse mundo de hoje, que inovador não?”.

Lembro da época das fitas, e da época que eu era tão somente uma estudante do Ensino Médio, e ficava o dia inteiro escutando rádio, esperando quando fosse tocar uma música do Pearl Jam, do Nirvana (e confesso, das Spice Girls) para gravar na fita. Era sempre o mesmo processo: a espera, depois o “susto cardíaco” de quando ela finalmente começava a tocar, e aqueles 13 segundos do comecinho da música que sempre, sempre!, eram perdidos – dado o tempo de reação necessário para apertar o rec.
Depois, quando baixava aquela obsessão pela música, tinha que voltar a fita no comecinho da música para ouvi-la de novo e de novo e de novo, o que acarretava umas 15 tentativas até você conseguir realmente pegar do comecinho, porque não dava para saber. Isso depois, claro, de ter ficado esperando o locutor do rádio dizer o nome da música ou esperar o clipe passar na Mtv.

Hoje, não: você digita o nome, que você já sabe com um mês de antecedência porque o viu no Twitter da banda no pré-lançamento no album novo, e em segundos lá está ela prontinha no seu iTunes, celular e demais lugares do mundo, pronta para ser ouvida à exaustão. E se antes a gente se contentava com 20 músicas numa fita, hoje temos mais de mil na nossa playlist e mesmo assim, nos pegamos dizendo: “tem música nova aí? Tô enjoada das minhas.”
Óbvio, prefiro como é hoje, mas dá saudadinha de ter fitas. E meu rádio é quase uma peça de decoração na sala de casa, porque conto nos dedos das mãos quantas vezes o usei de verdade.

Ainda divagando... e quando bate A Obsessão por uma musica? Eu tenho umas metas malucas de querer decorar a letra inteira, inteirinha mesmo, para ter aquela sensação libertadora e feliz de cantar a música a plenos pulmões. Isso quando não cantarolo as músicas desafinadamente enquanto caminho na rua, totalmente esquecida de que canto mal e de que as pessoas estão me olhando esquisito.

E isso de ficar obcecado por uma música é um tanto perturbador. Eu fico procurando tudo que pode existir sobre ela, e vez ou outra descubro que faz parte da trilha sonora de tal filme. Aí me bate a obsessão de baixar a trilha desse tal filme, e ver se descubro mais alguma coisa legal , e aí descubro uma outra música para ficar obcecada. E assim caminha a humanidade.

Então, no momento, minha obsessão é a música O’Children, do Nick Cave & The Bad Seeds, e estou numa pré-obsessão por He Lays in the Reins, do Iron & Wine com Calexico. (Se você estava enjoado das suas 4.956 músicas, ouça estas).

... sobre pedestres.
Por que, Ó Senhor divino e portentoso (!), os pedestres não sabem andar em linha reta e no canto da calçada? Por que as pessoas tem que andar no meio da calçada, como se só elas estivessem caminhando sobre a Terra, mas quando você resolve ultrapassar essa santa criatura, ela resolve se desviar 30cm exatamente para o lado que você estava indo?
Como se já não existissem coisas o suficientes no mundo que me irritam.

... sobre Harry Potter e Senhor dos Aneis.
Só pelo início da minha divagação já deu para notar que eu leio e leio e leio, para sempre e mais um dia. Então, sim, li tooodo o Harry Potter (várias vezes, inclusive, e a @dehmundin sabe como ninguém dos meus estudos aprofundados e analíticos de HP) e li as 1.200 páginas do Senhor dos Anéis.

Tudo isso para chegar na conclusão de que: o Harry deve ser a próxima encarnação do Frodo. As semelhanças são até óbvias – os dois são irritantemente normais mas são escolhidos sabe-lá-por-que para salvar a Humanidade, mas precisam de toda uma equipe de apoio para fazerem isso, senão morreriam no meio do caminho. Aí aparece o Rony/Sam como o leal e bobalhão fiel escudeiro, que fica do lado do tonto do herói principal, fazendo ele pensar que não é tão tonto assim (embora seja).

Isso sem falar na mensagem de “superação pessoal/você consegue se acreditar em si mesmo” e não desistir nunca. Tudo bem que essa mensagem super funciona, e antes que alguém resmungue, sou muito fã de HP, então minhas divagações não são em tom de critica.
O inimigo é uma coisa amorfa, que conforme vai tomando corpo, vai ficando mais e mais assustador, e tomando conta da cabeça do “herói” e domindando os pensamentos dele. E o anel/medalhão que pesa o coração de todos que o usam, e os dementadores/nazgul mega assustadores que sobrevoam sua cabeça o tempo todo. Mas sempre tem o Gandalf/Dumbledore para salvar o “heroi” que, no fundo, nunca sabe o que tem que fazer.

Enfim, mas como esse post já está muito longo, vou parar por aqui e deixar o resto para quem queira me acompanhar nessa discussão em uma mesa de bar.

... sobre incoerências internas.
As pessoas não aceitam que você goste de coisas, músicas ou filmes que saiam do padrão que teoricamente você esta enquadrado, e que foi pré-determinado para você. Portanto, se você gosta de rock, você deve e só pode gostar de rock, porque se você gostar de... Beethoven... ah! então você não gosta de rock, e automaticamente a pessoa perde um pouco do respeito por você. Se você gosta de Lady Gaga mas curte uma música do Metallica... ah! mas você não entende nada de rock, como pode gostar disso? Isso vale para filmes: se eu me considero cult e muito mais inteligente que toda a raça humana, jamais poderei rir com um filme besteirol americano ou me render a um blockbuster... e se eu sou uma mulher independente e moderna, nunca assistirei uma comédia romântica.

Me irrita profundamente essa mania de estereotipos das pessoas. Profundamente.

Posso ter na minha playlist Green Day e Hanson.  Slipknot e Katy Perry. Alanis Morrissette, The Doors e a trilha sonora do Twilight.  E, na boa?, gente autêntica é assim: não se rende a padrões e opiniões alheias.
E essas são as pessoas mais legais: porque elas estão abertas a um mundo que a maioria não enxerga.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dica do Dia

Calma, pessoal, dessa vez não cometi nenhum constrangimento social (ainda).
Uma dica da minha amiga Heloísa, um tumblr com coisas engraçadas:

 http://sou-fail.tumblr.com/

Enjoy it.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O salto (ou a falta dele)

Sexta-feira, friozinho gostoso, e aquele desespero para ir embora do trabalho, direto para casa, onde me esperava uma noite de muito edredon e muito filme. Fiquei no meu eterno dilema: vou para casa a pé ou de ônibus? Vocês, amados leitores, sabem das minhas inúmeras aventuras em transportes públicos, então, para evitar qualquer incidente, fui a pé.
Bela e feliz ouvindo minhas musiquinhas. *lalala*

Quando eu estava na metade do segundo terço do meu trajeto (divido meu percurso a pé de 40 minutos em 3 partes, porque psicologicamente funciona para eu achar que é perto), senti uma “coisa estranha” na sola do pé. E como tudo que pode acontecer certamente acontecerá comigo, quando sinto uma “coisa estranha” já sei que lá vem história.

E vinha mesmo: estava pisando no chão com a minha meia. Senti um umidinho esquisito na sola do pé. Aí parei (imagino a minha cara de “ué”) e, olhando para trás, vi que lá estava a sola da minha bota. Tinha ficado há muitos passos, e eu demorei um tempo ainda para perceber.
Só que o salto da bota era alto, e no outro pé eu ainda estava de salto, o que me deixava ainda mais ridícula, e mais ridículo ainda eu ter demorado para perceber que eu estava com a meia na calçada. Voltei, recolhi o salto, e arranquei o outro, para nivelar a coisa toda.

Lógico que nesse meio tempo eu já tinha ligado para a minha mãe e estava desesperada pensando como eu ia andar o 3/3 do trajeto. Imagine a cena: eu estava na Rebouças, parada no meio do nada, com um pé de meia (porque depois acabei resolvendo arrancar a bota, porque de que adiantava eu estar com ela?), a bota na mão, metade de bota no outro pé e um salto na outra mão... quando, passa por mim, o lindo, o liiiiiindo-fofo do Di Ferrero.

Vem ser minha Cinderela e me dá esse pézinho com meia

Sim, gente, eu mega pago pau para o vocalista do Nx Zero. TÔ-NEM-AÍ que a música não é lá grande coisa (juro que tenho bom gosto musical), e o mais importante: ele estava estilosíssimo de chapéu *suspira* Justo nessa hora. Se eu estivesse agindo como uma pessoa normal (ou seja, botas nos pés, e saltos nas botas, como o mundo deve ser) tinha sido uma tiete adolescente e pedido foto. E pedido o telefone dele. E pedido ele em casamento.
Mas não. Óbvio que não. Eu tinha que estar parecendo uma louca.
E lá se foi minha chance de pegar o Di Ferrero. Autografo, claro.

Depois disso, apareceu um santo táxi *luz de milagre*.
Você pensa: acabou, foi só isso? Óbvio que não.

Não tinha um puto na carteira (vou de Visa, sempre) e tive que pedir para o taxista parar no posto de gasolina perto de casa para eu sacar dinheiro. Não tinha lugar dentro do posto, ele teve que parar na calçada e eu tinha que atravessar o posto andando. Nesse meio tempo, eu já tinha resolvido tirar a outra bota e ficar só de meia mesmo, porque né, só tinha que andar um pedacinho, se o táxi tivesse parado dentro do posto. Mas não: lá fui eu atravessando o posto de meias. Um luxo.

Aí você reflete. De manhã, vejo isso:
Prefiro o Harry.

E de noite, essa história toda.
Conclusão: PUTA QUE PARIU MUNDO, VAI SER INJUSTO ASSIM LÁ NO INFERNO.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Expressões usadas pelas mulheres

Hoje a @dehmundin recebeu um email muito bom sobre o comportamento feminino. Resolvi postá-lo neste humilde blog, dada a veracidade das informações.


11 Expressões usadas pelas mulheres 
e seus reais  significados:

1"Certo": Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.

2 - "5 minutos": Se ela está se arrumando significa meia hora. "5 minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.

3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em "Nada" normalmente terminam em "Certo".

4 - "Você que sabe": É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer... e não diga que também não sabe!

5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que freqüentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parada ali discutindo com você sobre "Nada".

6 - "Tudo bem": Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.

7 - "Obrigada": Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga "por nada". (Uma colocação pessoal: é verdade, a menos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÃO diga "por nada". Isso  apenas provocará o "Esquece").

8 - "Esquece": É uma mulher dizendo "FODA-SE !!"

9 - "Deixa pra lá, EU  resolvo": Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando "o que aconteceu?". Para a resposta da mulher, consulte o item 3.

10 -  "Precisamos conversar!": Fodeu!!!, você está a 30 segundos de levar um pé na bunda..

11 - "Sabe, eu estive pensando.....": Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.

Mulheres leitoras, comentem: não é a mais pura verdade?!

sábado, 26 de março de 2011

Lista: Pessoas que merecem a fogueira santa

A Ruh já elencou pessoas que ela admira - beeeem aqui - e agora chegou a minha vez de elencar o pior da humanidade, os becos escuros, mostrar o lixo.... ou talvez só as coisas que mais me irritam.

1 - Casais melados.


GET A ROOM!!!!!!!!!!!!

Por mais mal amado que possa parecer dizer isso, eu DETESTO casais meigos. Daqueles que falam com voz de criança no celular, se catam de forma enloquecida na escada do metro, tem perfil de redes sociais ou msn com a foto juntos, escrevem frases "4ever 2gether", namoram a 2 semanas e já tem o status "casado" nas redes sociais e chamam namorado de "namorido". De boa, alem disso ser o apice do ser brega, é chato pra caralho para quem esta do lado.
Onde encontrar: Na rua, na chuva, na fazenda... ou numa casinha de sapê.
Castigo: 5 anos sem sexo e/ou HPV 16.

2 - Discussões sobre quem sabe mais.

hunnn... isso me lembra uma citação do Nietzsche

Modalidade em que pessoas cults ganham em disparada. Em uma fila de cinema, bar, forum, pizza na casa da mãe, cemiterios, peça da escolinha... não importa! Reuniu mais de 2 pessoas dessas ferrou! Eles vão discutir porque a professora não usou os ensinamentos de Stanislavski nas crianças de 3 anos e o outro não irá concordar alegando que adorou o toque brechtiano quando o cavalo saiu chorando para o colo da mãe porque o cachorro insistia em ficar na frente dele... e isso será interminavel! Passará a vida e lá estarão eles ainda tentando descobrir quem entende mais do assunto e não se engane achando que é só uma vez, eles dicutirão para tudo pois sabem desde a historia do teatro antigo a nova revolução industrial.
Chato pacas!
Onde encontrar: Filas, principalmente cinema, teatro ou qualquer evento cultural (como mostra internacional de cinema e viradas culturais) mas já foram registradas espécimes fora desse habitat perambulando na Rua Augusta. Em grupos podem ser classificados como Indies
Castigo: CD do carrapicho e sessão dupla de Xuxa e os Duendes 1 e 2!

3 - Pessoas que escrevem errado ou miguxesah, como faz falta!

Não sou um primor no portugues e passo bem longe de ser um prof. Pasquale, mas escrever:
Sigura, Relachar, Sinema, Espasso
De boa?! Errar em algumas concordancias ate vá lá... mas em vocabulario?! Sem perdão!
E o miguxes é nada alem que escrever errado por opção.
AxIiM, MiGuXa... alem de estar errado ainda tem a falta de simetria no tamanho da letras. Tia Cotinha já dizia: Letra maiuscula só no inicio de frases ou em nomes proprios. Siga essa regra que você será feliz.
Onde encontrar: Redes sociais, principalmente pós inclusão digital e invasão emo.
Castigo: Martelada na unha para cada erro. Redundâncias valem o dobro.

4 - Meninas que miam

Nem vem me imitar!

Todo mundo conhece ao menos 1 exemplar dessa espécie. É do tipo de garota que parece que está sempre morrendo. A fala é naquele tom choroso que ficamos entre o odio mortal ou a pena sem limite. Da vontade de dar um chacoalhão e gritar:
Fala que nem gente!!!!!
E quase sempre há o plus de serem garotas futeis e com o conhecimento cultural do tamanho de uma ervilha, nada que vá além de Big Brother ou a casa dos famosos que saiu na Caras ela saberá.
Definitivamente: sem paciência!
Onde encontrar: Qualquer aglomerado de mulheres, preferencialmente em faculdades da area da saúde ou pedagogia. A namoradinha do seu melhor amigo.
Castigo: 20 anos sem sapatos e fono ate aprender a falar.

5 - Vida Loka

Aceite! nem todos tem aptidão para a vida social.

Nada contra a pessoas de vida realmente agitada, mas aposto que 0,1% das pessoas que dizem que o "fds foi de fazer estrago" realmente tiveram um fim de semana tão bom.
Por que quem é tão requisitado assim não tem tempo de fazer propaganda.
É mais valido a pessoa ser sincera e assumir que passou sabado e domingo jogando Call of Duty e bebendo fanta uva do que ficar tentando passar a impressão que foi na melhor rave do mundo.
E quando resolve te mostrar fotos do lugar que foi, por que pessoa que tem uma vida social devagar ama divulgar quando saiu e principalmente se pegou algo, ela aparece com aquelas fotos da festa no fundo do quintal, o povo com aquela cara de enterro, latas e latas de bavaria e a pessoa que ela pegou - Oh, lord! E se você tiver a sorte de ser uma amiga sua que esta fazendo a propaganda terá que usar de todos seus dotes de dramaturgia e dizer: - Gatinho, hein!
Fim do Fim!
Onde encontrar: No seu ciclo de amigos (sim, sempre tem um!), em festas de bairro e baladinhas toscas.
Castigo: Mármore do inferno enquanto toca Djavan e litros de Bavaria.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Vergonha alheia: um sentimento mais eterno que o amor

Vergonha alheia é um sentimento muito incômodo. É uma mistura de dó da outra pessoa, com a sensação de que, só porque você está de alguma forma participando daquela cena, você também está merecendo esse sentimento de dó. Mesmo que você ligue o modo invisibilidade, surge sempre aquela aflição de ser inserido na cena de uma forma constrangedora e irreversível.

E é um sentimento tão universal que desde as Videocassetadas do Faustão até o  Youtube, damos um jeitinho de compartilhar momentos de vergonha alheia.

Acho que o tipo mais comum de vergonha alheia no meu cotidiano são as conversas no celular dentro de transporte público. Eu até entendo que, devido ao tempo enorme que a gente perde no trânsito, que tenhamos que resolver algumas coisinhas no percurso, mas não entendo, ó SENHOR, porque raios as pessoas tem que conversar banalidades!

Maldita hora que o celular ficou acessível para que qualquer um compre.

Eu sinto uma vergonha alheia gigantesca quando escuto uma menina contando para uma amiga que terminou com o namorado, com uma riqueza de detalhes que todos dispensavam saber, ou quando alguém relata tudo o que aconteceu numa entrevista de emprego, com comentários extensos sobre a entrevistadora. Parece que só porque estamos numa época onde as redes sociais deixam nossa vida pública, que tudo tem que ser público.

E o pior é que não dá para não prestar atenção. Simplesmente não dá. Eu não consigo não ouvir a conversa alheia.

Mas aí que ontem o meu nível de vergonha alheia chegou na Lua: pessoas fazendo aeróbica em plena Henrique Schaumann (leitores não paulistas: uma avenida movimentadíssima aqui em Sampa). Uma academia resolveu inaugurar fazendo estardalhaço, colocou todo mundo de uma aula de aeróbica no estacionamento que fica em frente à academia, com muitas luzes e um som muito alto, e três instrutores falando em microfones. Aí você passava na rua, desviando das pessoas que estavam malhando. No mínimo, SURREAL.

Fiquei com vergonha de tirar foto, porque eu estava com muita vergonha alheia daquelas pessoas malhando no meio do nada da avenida.

E tudo só piorou quando eu vi, no meio daquelas pessoas, uma menina de roupa normal (calça jeans, sapatilha, blusinha) malhando junto com as outras pessoas, que estavam com roupa de ginástica, e com a bolsa no ombro.

Na mesma hora surgiu a idéia desse post.

E algo me diz que poderei fazer muitos, mas muitos outros posts sobre esse tema, porque o ser humano é um bichinho que nasceu para não ter dignidade.

domingo, 20 de março de 2011

Viagens & Shows

Uma nova Lei de Murphy deveria ser oficialmente incorporada: a probabilidade de alguma coisa legal para fazer aparecer é proporcional a você já ter outra coisa bem legal para fazer no mesmo dia/mês. Desta forma, nos últimos fins-de-semana, aproveitei bastante este maravilhoso presente que Deus nos dá que é a vida (segue Power Point recebido por email... Brincadeira! rs)

Se existem duas coisas que mais deixam essa pessoinha aqui que vos fala feliz (fora fazer tatuagem) é: viajar e shows. E, em ambos, a gente gasta uma energiiiiiiia, porque tem tanto o que se pensar, tanto o que planejar, porque é aquele tipo de situação que, se você esqueceu alguma coisa, já era.

Então, existem regrinhas, que funcionam mais ou menos assim:

1. É preciso selecionar muito bem as amizades. Sempre vai ter aquela pessoa chata, ou drogada, ou exótica demais (mesmo para os meus padrões) que vai querer fomentar um relacionamento, e aqui cabe mais uma lei de Murphy: o interesse da pessoa em você é inversamente proporcional ao seu por ela. Só que nunca podemos descartar uma relação, porque você nunca sabe se dali 2h você vai precisar daquela mesma pessoa, seja para te emprestar um secador porque o seu queimou, seja para bater no taxista que não quis te levar embora. Ou seja: diplomacia é tudo.

2. Transporte. Transporte é sempre um problema. Principalmente se as viagens implicarem em lugares ermos (que, só para complicar minha vida, são os meus preferidos), ou se você não tiver como ir embora do show com 70 mil pessoas. E é o que mais faz gastar energia: porque você precisa sincronizar horários, meios de transporte, formas de pagamento, itinerários e logística. É aqui que residirá 80% da minha capacidade cerebral, não sobrando muito para eu pesquisar outras coisas.

3. Acordar e automaticamente desistir da boa alimentação. Eu sou uma pessoa preocupada com o que eu como (leitores que me conhecem, sabem disso) e para mim é uma tortura saber que passarei um dia inteiro com salgados de qualquer lanchonete que aparecer no meio do itinerário, ou com 1 refeição por dia, no máximo, de uma comida que eu nem sequer curti. Tortuosos são os caminhos da vida.

Meu primeiro almoço em Bonito/MS. 1 tortinha de palmito e 1 de frango.
4. Banheiros. Aqui mora meu pré-cansaço maior em relação à viagens e shows. Sou daquelas que não bebe nada, absolutamente nada, só pela previsão infernal de enfrentar um banheiro químico. Morro de falência renal, não tem problema, mas não ponho meu pé em um banheiro químico. Nem se fosse para fugir do fim do mundo.

Maiores detalhes sobre o quão difícil é, para as mulheres, a arte de ir ao banheiro, neste ótimo post:

5. É preciso participar, e ponto. Foi viajar com a CVC? Paciência... participe daquelas piadas de ônibus, que são o equivalente às piadas de firma. Também envolve: tomar chuva sem reclamar, enfrentar multidões, decorar coreografias e refrões, compras lembrancinhas dos passeios e camisetas "Estive em Bonito/MS e lembrei de você". Foi num show? Compre o kit completo, camiseta + adesivo, ou adquira acessórios comprados a R$5,00 na 25 de Março, mas que você pagou R$30... Né, @dehmundin?

Ah, mas eram orelhas de Minnie! Que brilhavam! Tão bonito ^ ^ 
E, por fim, você precisa prestar atenção à programação. Por que, de que adiantaria tudo isso, se você acabasse perdendo o melhor passeio do dia ou o melhor show do festival?

Nisso, chego na minha singela e existencial conclusão diária: viver não é fácil, mas é divertido, se você assim quiser que seja.

Todos felizes! :)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Mico dos Micos

As primeiras coisas que uma pessoa fica sabendo a meu respeito são: meu nome / não, não tenho Facebook nem Orkut (seguido de toda uma argumentação lógica, porque as pessoas acham isso um absurdo) / fiquei de calcinha no metrô.

Hã? Comassim? Simples assim: fiquei de calcinha no metrô.

Eu fazia faculdade de manhã, em áureos tempos quando toda minha preocupação era esperar o horário da Malhação e imaginariamente fazer amigos no Gigabyte. Todos dias, voltava de metrô com uma amiga, íamos até um Terminal de Ônibus/Metrô, e lá a mãe dela nos buscava.

Vide foto ilustrativa:


O belo e glorioso Term. Vila Carrão

Num dado dia de sol, borboletas felizes e "Vem chegando o Verão, um calor no coração, essa magia colorida, coisas da vida..." eu estava de saia, aquelas saias longas indianas (porque um dia quis ser hippie) e, descendo a escada rolante que saía do metrô no terminal de ônibus, eis que minha saia prende na escada rolante.

E eis que a escada rolante vai tentando sobreviver, bravamente continua funcionando, e vai puxando minha saia até que... lá se foi minha saia. E eu fiquei de calcinha.

Eu, de regatinha, chinelinho, fichário na mão, bolsa no ombro e... calcinha. E como tudo pode sempre piorar,
a escada parou de funcionar por causa da saia de alguém *assobia*  e eu tive que descer tudo a pé.

Minha amiga ligou o modo invisibilidade, porque não fez nada, fingiu que não me conhecia e que estava ali por acaso.

Bom, desci a escada e parei num cantinho. Nisso, os PERUEIROS do Terminal vieram tentar tirar minha saia da escada. Só seria pior se fossem pedreiros, ou orcs. Mas eles foram respeitosos, ninguém me estuprou nem nada. Conseguiram tirar um pedaço da saia, todo sujo de gracha (gente, nunca tinha escrito essa palavra na minha vida! gracha gracha gracha - será que é com x?) e um deles me entregou o teco, como quem diz: é o que tem para hoje.

Aí vesti o teco de saia, com a multidão de transeuntes me assistindo. Nisso lembrei da minha amiga. Ela, graças a Deus, num sopro divino de perspicácia, tinha ido falar com a mãe dela para entrar com o carro no terminal e me buscar, senão teria que atravessar toooodo o terminal.

Entrei no carro rapidamente. E comecei a chorar, olha que tonta. De vergonha.

Mas, também, depois disso, nada mais me abala.

PS.: Percebem como quase todos os fatos da minha vida acontecem no transporte público?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Consultoria de Acesso ao seu Local de Destino

Estava eu, voltando de noite para casa, tomada duma leveza de espírito que ó, dava gosto, quando resolvi que eu deveria fazer do mundo um lugar melhor.

Eu estava no ônibus (lógico) quando eu tiozinho japonês perguntou ao cobrador em que ponto deveria descer para ir na Rua Tal. O cobrador fez aquela cara que te dá desespero quando é você que precisa de ajuda, aquela cara que desmorona suas últimas esperanças. E o ponto onde o tiozinho deveria descer estava chegando (porque eu sabia onde ficava a Rua Tal) e eu me senti obrigada moral e cívicamente em dizer a ele. Uma, porque o tiozinho era tão japonês, mas tão japonês que, coitado, largado assim pelas ruas selvagens de São Paulo.

Levantei do meu assento e fui até lá explicar. Tive que gesticular bastante para o tiozinho entender, mas ele desceu no ponto certo e virou para o lado certo, então, creio eu, salvei uma alma indefesa.

-1 ovelha desgarrada
Quando estava voltando para o meu assento, sentindo todos os olhares das pessoas do ônibus em mim, eis que sou interceptada por outra pessoa: Oi, e a Rua X, você sabe em que ponto tenho que descer? Ai, gente. Já me imaginei de coletinho dando informações a todos os presentes, igual aqueles jovens aprendizes de fila de banco. Mas o que me motivou foi que o moço era bonito - sim, um motivo não muito nobre, mas ainda assim estava auxiliando um ser humano a percorrer as estradas da vida.

Expliquei, gesticulei bem menos mas ele gesticulava demais, Demais. Era gay. Ó-b-v-i-o.

Nisso, o rapaz desceu e o cobrador grita láááá para o motorista, encerrando com chave de ouro minha trajetória naquele ônibus:

- Ô Ronaldo, a gente devia deixar essa minina de xadrez trabalhando com a gente né.
E o motorista fez um jóinha. Não sei se pra mim ou se pro cobrador.

Foi então que - graças a deus! - o meu ponto chegou. E eu desci meio sem saber se eu despedia do cobrador, acenava para o motorista Ronaldo, ou se eu simplesmente fingia que nada tinha acontecido.

Adivinha?

Desci como se nada tivesse acontecido. Já tinha passado por exposição social demais.
Ai se a SPTrans me descobre, viu. Emprego garantido de Consultoria de Acesso ao seu Local de Destino.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lista: Pessoas que Admiro

Eu, enquanto ser humano que busca a nobreza da essência (hohoho), tenho mais construído minha Rodovia da Falta de Dignidade (com a ajuda da @dehmundin, claro) do que qualquer outra coisa MAS isso não impede que eu observe o comportamento humano e admire algumas coisas.

Então, como adoro uma lista (Monica Geller mode on), resolvi estruturar o meu raciocínio. E olha que nem dividirei minha lista em categorias, cores e prioridades, como normalmente faço. A lista das pessoas que admiro:

1. Gente que acorda feliz.
Acordar de bom humor, para mim, é um daqueles mistérios da vida. Tipo o Elo Perdido de Darwin. Acho irritante, acho inconveniente, acho insuportável, mas admiro.

Booooom dia !
2. Gente que sabe fazer o símbolo do Spock com as mãos
É nessa hora que especulo a possibilidade de ter um tantinho de autismo nos meus cromossomos. Se eu for tentar fazer este símbolo, preciso de um aramezinho ou uma fitinha para deixar juntos os dedos anelar e mindinho porque eles simplesmente não ficam juntos. Never.


Lero-lero, eu sei fazer, você não

3. Gente que malha com entusiasmo
Eu até faço exercícios físicos. Tenho lá na minha casa alguns aparelhinhos made in Polishop que eu realmente uso (juro). Mas daí a GOSTAR disso tem tipo uma distância de dois sóis. Não tenho essa auto-motivação de ir para a academia às 23h, depois da faculdade, ou às 6h, antes do trabalho. Eu sempre irei escolher: dormir. Não importa quais sejam as outras opções.

Me deixe dormitar em paz.
4. Gente que assobia alto
Queria muito saber assobiar. Tipo aquele personagem do Chaves que assobiava na aula (quem souber o nome, por gentileza, engrandeça meu espírito cultural e coloque o nome dele nos comentários).

Vou levantar o dedo do meio pq sou revoltado. E ouço Restart.



5. Gente que samba
A combinação salto muito alto + penas na cabeça + roupa minúscula e desconfortável + sambar + cantar o samba enredo certo + acompanhar a evolução da escola + não ser engolida pela bateria + confetes caem na frente dos seus olhos + sorrir sempre... Meu deus! Como elas conseguem isso?

Ah vá, que vc não consegue? Super fácil!
6. E gente que toca dois instrumentos ao mesmo tempo
Exemplo: Toca gaita e violão. Fico me perguntando como o cérebro da pessoa entende qual parte deve assoprar e qual parte deve mexer os dedos, e em qual ritmo. Taí a comprovação empírica de que o cérebro humano é mesmo incrível.

MAS tem uma coisa que eu sei fazer que muita gente deve admirar! Eu sei... Hm... Bem, eu sei... Hã... Então, eu sei... É... Hm...

Nem vem.
Bom, notifico quando descobrir.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Manual do Transporte Público Coletivo

Tem coisas que eu poderia postar todos os dias, já que sou uma pessoa que recebe Vale Transporte e anda de ônibus. Muita coisa pode acontecer e geralmente, comigo acontece mesmo. Desta forma, preparem-se para o...

MANUAL DO TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO

Lição #1: A arte do equilíbrio
Também conhecida como: Cuidado para não cair.

Primeiro, certifique-se de que você está se segurando em todos os lugares possíveis e ao alcance da sua mão. Não ache que segurando só com uma delas, você está seguro porque você não está!
Se você, pessoa assalariada, que faz o mesmo trajeto todos os dias, sabe que aquela curva MALDITA está chegando, prepare-se: é a hora de afastar as pernas, cutucar o pé da pessoa que está ao lado para ter 2cm a mais de espaço, contraia o abdomen, prenda a respiração, peito para frente and go.

Tô super equilibrado!

Se tiver que dar aquela empurradinha discreta naquele outro ser vivente que está dividindo com você o "caninho" (é assim que eu chamo na minha cabeça, não enche), empurre. Porque, aqui começa nossa segunda lição...

Lição #2: Esqueça a educação em casa
Também conhecida como: Pobre não tem glamour.

Não adianta. Transporte público não é lugar para ser educado, nem gentil, nem fraco. Porque transporte público é para os FORTES!

Dá licença que eu tô passando
Lição #3: O ponto está chegando
Também conhecida como: Putaquepariu, como eu chego na porta?

Você está perto da catraca. Há toda uma população de um show do U2 na sua frente (está mais para Zezé de Camargo & Luciano, mas ok). Você já deve adentrar ao recinto do ônibus planejando estrategicamente perto de que porta você vai descer. Pode parecer besteira, mas não é. Quando você estiver a mais ou menos uns 3 pontos do seu destino, comecesse a Operação "Dá licença que o meu é o próximo".

Munido das duas lições anteriores, tem tudo para ser um sucesso militar estratégico.

Lição #4: Bolsas e Mochilas
Também conhecida como: Mas que saco essa pessoa com essa porra no ombro!

Nunca, jamais, em hipótese alguma, você homem, leve a sua mochila nas costas. O transporte coletivo não comporta a sua mochila... aliás, mal comporta você! E você, mulher guerreira trabalhadora (discurso da Dilma mode on), perca de vez a classe, e não carregue a bolsa como se deve.

Adendos aos seu corpo, sempre na mão, e para baixo.

Lição #5: Elegância? Não existe.
Também conhecida como: Acessórios ficarão pelo caminho.

Aquele cinto que dá aquele charme na blusa. Aquela saia pregueada. Aquela blusa de um ombro só. Aquele coque de cabelo incrível e impecável. Sua franja toda ajeitada. Sua maquiagem divina. Tudo isso desaparecerá quando você sair do ônibus. Conforme-se.

Perdi a saia no ônibus.
Conclusão:
Perca a dignidade. Bilhete único / dinheiro sempre à mão. E bora colocar seu lado animalzinho para fora.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sem necessidade para explicações.

Não há pérolas mais raras do que as explicações erradas.
Como dizem, perguntar não ofende (pelo menos não na maioria das vezes) e ninguem precisa saber tudo, ate ai OK mas quando for corrigir os outros....

1º O mistério da Arara
Subindo uma rua eis que passa um bando de maritacas gritando.
Um menino olha pra cima e diz: "Olha!Papagaios" tão rapidamente seu amigo ornitólogo corrige: "Meu, para de ser burro. São araras"

Bem, vamos analisar:
Maritaca e Papagaio



OK, verdinhos... tirando a diferença de tamanho ate valá

Arara!



Se parecem??? huuun...

2º Definindo os problemas
Andando num onibus pesco uma conversa bem esclarecedora:

Moça 1: Ai não sei a diferença de poblema e pobrema.
Versão feminina do Pasquale: Ai, é simples. Poblema é os da matemática e pobrema...ah, pobrema é os pobrema da vida mesmo.

*pisca*

Então classe, quando tiver duvida vocês já sabem a diferença crucial de poblema e pobrema, por favor não errem mais, titia agradece!

Interagindo com pessoas estranhas, cap 1

Hoje devo ter acordado com cara de quem gosta de conversar com estranhos - estranhos nos dois sentidos: de não conhecer a pessoa em questão e de a pessoa ser estranha mesmo.
Em 1 hora de almoço na Av. Paulista, fui abordada por dois transeuntes peculiares: uma tia peruérrima, e um mendigo chapado.

Da interação social com a Tia:
Estava eu tomando meu sorvete frozen de iogurte (aliás, um vício, que esta pobre assalariada tem gastado todo seu Visa Vale com, mas isso não vem ao caso), de papo furado com uma amiga do trabalho, quando aparece, no maior estilo SAMU (do nada), uma tia de vestido preto com LANTEJOULAS PRATEADAS (modelito que super ornava com sol, meio-dia e etc) e pergunta, assim, sem maiores introduções:

- Como vocês fazem para diferenciar quem é homem de quem é gay aqui na Paulista, meninas?

Eu e minha amiga demos aquela trocada de olhares entre nós, mas, como ela é muito mais humana, nobre e social que eu, tratou de especificar para a tia todas as dificuldades de se ser solteira na Paulista em plena época de Diversidade Sexual. Um tratado sociológico sobre a solteirice nos anos 2.000.

Pensei eu que a tia era solteira e queria uma companhia para sua tarde de sol. Não. Era só curiosidade mesmo, porque ela era casada. Ok. E não era de São Paulo, era de Santa Catarina. Disse para procurarmos a rua tal, número x, quando fôssemos para lá, e procurássemos por ela. Ahã. Ssenta lá, Tia.

Desvencilhada dela, eis que me surge...

O mendigo-traficante-interessado:

Caso algum leitor deste humilde post não saiba, sou uma pessoa de tatuagens. Elas aparecem, as pessoas olham, ENFIM. Estou andando na Paulista, meio fugindinho da tia (vai que ela estivesse atrás de mim pronta para continuar o papo), e também no estilo SAMU, escuto uma voz dessas de quem bebe, fuma e faz toda sorte de atos contra a moral e os bons costumes:

- O que quer dizer essa tatuagem, moça? (Um mendigo, bem esquisito)
- Nada não. (Ai meu deus do céu, sai daqui mendigooo)
- Se você não quer que as pessoas saibam, porque você fez a tatuagem onde aparece?
- Fiz para mim, não para os outros. (Muito menos para você, mendigo, sai daquiiii)
- Quer comprar maconha?

Assim, sem rodeios. Porque na cabeça dele deve ter sido óbvio: menina tatuada = fuma maconha.
Respondi que não (para alívio dos leitores de plantão. Ou não.) e me esquivei.

*puf puf*

Gente, eu só queria comer uma saladinha e usufruir do meu vício em frozen iogurte em paz. Só isso.

Muito complexo viver em sociedade.