sexta-feira, 3 de junho de 2011

Divagações...

Depois de ter sido atingida por um raio em uma viagem de “férias” e por um incêndio no meu prédio do trabalho, mas ainda viva, eis que minha pobre cabecinha tem feito o que faz de melhor: divagar.
Perita que sou em pensamentos e comentários totalmente aleatórios, vou compartilhar alguns deles .

... sobre Música.
Sempre que eu vou baixar uma música, fico impressionada com a facilidade de acesso que temos a elas hoje. Não importa quantos downloads eu faça, sempre me surpreendo em como foi simples e rápido, sempre a sensação de “nossa, esse mundo de hoje, que inovador não?”.

Lembro da época das fitas, e da época que eu era tão somente uma estudante do Ensino Médio, e ficava o dia inteiro escutando rádio, esperando quando fosse tocar uma música do Pearl Jam, do Nirvana (e confesso, das Spice Girls) para gravar na fita. Era sempre o mesmo processo: a espera, depois o “susto cardíaco” de quando ela finalmente começava a tocar, e aqueles 13 segundos do comecinho da música que sempre, sempre!, eram perdidos – dado o tempo de reação necessário para apertar o rec.
Depois, quando baixava aquela obsessão pela música, tinha que voltar a fita no comecinho da música para ouvi-la de novo e de novo e de novo, o que acarretava umas 15 tentativas até você conseguir realmente pegar do comecinho, porque não dava para saber. Isso depois, claro, de ter ficado esperando o locutor do rádio dizer o nome da música ou esperar o clipe passar na Mtv.

Hoje, não: você digita o nome, que você já sabe com um mês de antecedência porque o viu no Twitter da banda no pré-lançamento no album novo, e em segundos lá está ela prontinha no seu iTunes, celular e demais lugares do mundo, pronta para ser ouvida à exaustão. E se antes a gente se contentava com 20 músicas numa fita, hoje temos mais de mil na nossa playlist e mesmo assim, nos pegamos dizendo: “tem música nova aí? Tô enjoada das minhas.”
Óbvio, prefiro como é hoje, mas dá saudadinha de ter fitas. E meu rádio é quase uma peça de decoração na sala de casa, porque conto nos dedos das mãos quantas vezes o usei de verdade.

Ainda divagando... e quando bate A Obsessão por uma musica? Eu tenho umas metas malucas de querer decorar a letra inteira, inteirinha mesmo, para ter aquela sensação libertadora e feliz de cantar a música a plenos pulmões. Isso quando não cantarolo as músicas desafinadamente enquanto caminho na rua, totalmente esquecida de que canto mal e de que as pessoas estão me olhando esquisito.

E isso de ficar obcecado por uma música é um tanto perturbador. Eu fico procurando tudo que pode existir sobre ela, e vez ou outra descubro que faz parte da trilha sonora de tal filme. Aí me bate a obsessão de baixar a trilha desse tal filme, e ver se descubro mais alguma coisa legal , e aí descubro uma outra música para ficar obcecada. E assim caminha a humanidade.

Então, no momento, minha obsessão é a música O’Children, do Nick Cave & The Bad Seeds, e estou numa pré-obsessão por He Lays in the Reins, do Iron & Wine com Calexico. (Se você estava enjoado das suas 4.956 músicas, ouça estas).

... sobre pedestres.
Por que, Ó Senhor divino e portentoso (!), os pedestres não sabem andar em linha reta e no canto da calçada? Por que as pessoas tem que andar no meio da calçada, como se só elas estivessem caminhando sobre a Terra, mas quando você resolve ultrapassar essa santa criatura, ela resolve se desviar 30cm exatamente para o lado que você estava indo?
Como se já não existissem coisas o suficientes no mundo que me irritam.

... sobre Harry Potter e Senhor dos Aneis.
Só pelo início da minha divagação já deu para notar que eu leio e leio e leio, para sempre e mais um dia. Então, sim, li tooodo o Harry Potter (várias vezes, inclusive, e a @dehmundin sabe como ninguém dos meus estudos aprofundados e analíticos de HP) e li as 1.200 páginas do Senhor dos Anéis.

Tudo isso para chegar na conclusão de que: o Harry deve ser a próxima encarnação do Frodo. As semelhanças são até óbvias – os dois são irritantemente normais mas são escolhidos sabe-lá-por-que para salvar a Humanidade, mas precisam de toda uma equipe de apoio para fazerem isso, senão morreriam no meio do caminho. Aí aparece o Rony/Sam como o leal e bobalhão fiel escudeiro, que fica do lado do tonto do herói principal, fazendo ele pensar que não é tão tonto assim (embora seja).

Isso sem falar na mensagem de “superação pessoal/você consegue se acreditar em si mesmo” e não desistir nunca. Tudo bem que essa mensagem super funciona, e antes que alguém resmungue, sou muito fã de HP, então minhas divagações não são em tom de critica.
O inimigo é uma coisa amorfa, que conforme vai tomando corpo, vai ficando mais e mais assustador, e tomando conta da cabeça do “herói” e domindando os pensamentos dele. E o anel/medalhão que pesa o coração de todos que o usam, e os dementadores/nazgul mega assustadores que sobrevoam sua cabeça o tempo todo. Mas sempre tem o Gandalf/Dumbledore para salvar o “heroi” que, no fundo, nunca sabe o que tem que fazer.

Enfim, mas como esse post já está muito longo, vou parar por aqui e deixar o resto para quem queira me acompanhar nessa discussão em uma mesa de bar.

... sobre incoerências internas.
As pessoas não aceitam que você goste de coisas, músicas ou filmes que saiam do padrão que teoricamente você esta enquadrado, e que foi pré-determinado para você. Portanto, se você gosta de rock, você deve e só pode gostar de rock, porque se você gostar de... Beethoven... ah! então você não gosta de rock, e automaticamente a pessoa perde um pouco do respeito por você. Se você gosta de Lady Gaga mas curte uma música do Metallica... ah! mas você não entende nada de rock, como pode gostar disso? Isso vale para filmes: se eu me considero cult e muito mais inteligente que toda a raça humana, jamais poderei rir com um filme besteirol americano ou me render a um blockbuster... e se eu sou uma mulher independente e moderna, nunca assistirei uma comédia romântica.

Me irrita profundamente essa mania de estereotipos das pessoas. Profundamente.

Posso ter na minha playlist Green Day e Hanson.  Slipknot e Katy Perry. Alanis Morrissette, The Doors e a trilha sonora do Twilight.  E, na boa?, gente autêntica é assim: não se rende a padrões e opiniões alheias.
E essas são as pessoas mais legais: porque elas estão abertas a um mundo que a maioria não enxerga.

2 comentários:

  1. não posso dizer nada sobre hanson e green day na playlist. rs*

    Adoro esse povo autentico e concordo com tudo e mais uma linha com vc.

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  2. Atingida por um raio??? Isso merece um post a parte.

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