quinta-feira, 21 de julho de 2011

Socializando com seu chefe: um breve relato

Noite de grande evento para nossa empresa. Ganhamos um prêmio de Melhor Empresa para se Trabalhar em Ti e Telecom (não, não receberei currículos, nem quero ler comentários perguntando sobre emprego) e eu e meu Big Boss, também conhecido como  Bruno Mazzeo (separados no nascimento) fomos a estes centros de convenções chiquérrimos receber o prêmio, devidamente embalados em terninhos e gravata.

No caminho, Bruno Mazzeo reclamava que seu celular não pegava e que tinha quatrocentas e dezenove pendências para ir resolvendo no caminho/trânsito até chegarmos ao centro de convenções. Eu, decidida a desempenhar o papel de “Funcionária Modelo de 2011” gentilmente ofereci:

- Qualquer coisa você usa o meu celular.
- Ah, olha, vou querer mesmo. Me passa ele.


Não era para você aceitar, Bruno Mazzeo. Eu só estava sendo gentil. Era só para constar.

Porque automaticamente veio na minha cabeça: EU SÓ TENHO R$5,60 DE CRÉDITO. Imagina o meu constrangimento se ele ligasse para um cliente e no meio da conversa super importante, a ligação cai, e o motivo? Meus créditos acabaram.

Seria aquele momento que, já que o constrangimento veio, nada deixaria pior, e eu certamente soltaria um comentário inadequado (porque eu sou meio  Luna Lovegood/Phoebe Buffay, sempre solto uns comentários nada a ver) como, por exemplo “Viu? Preciso de um aumento! Nem dinheiro para colocar crédito eu tenho!”
No meio dessa minha divagação, e ao mesmo tempo orando aos Céus que o celular dele resolvesse funcionar... *luz de milagre* Funcionou! Ufa! Foi por pouco.

Ok. Evento. Premiação. Booooring. Ali pro final da noite (dias e dias depois, no meu tempo psicológico) a empresa que ficou em primeiro lugar subiu ao palco para receber o prêmio. Óbvio que foi a Google que ganhou o primeiro lugar. E eu, sempre muito feliz nas colocações, viro para o meu Big Boss e digo:

- Ai, se eu soubesse que o cara da Google ia estar aqui, teria trazido meu currículo.
Quando eu terminei a frase, pensei que talvez não tivesse sido um comentário muito legal para se fazer ao chefe/dono da empresa. Talvez. Quando, para minha surpresa, ele vira e me diz:

- Se eu não tivesse a empresa, até eu entregaria meu currículo para ele. E Bruno  Mazzeo sorriu.

E eu sorri.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Divagações, parte 2

Como, normalmente, as sequências de alguma coisa nunca são muito boas, não espere nada muito valioso neste post. Mas, cá estou trabalhada no tédio, e divagando – como sempre.

Fones
Quando entro em algum ambiente mais privado (leia-se elevadores e ônibus), sempre acho que todo mundo está ouvindo a música que eu estou ouvindo. Tiro os fones, e fico uns segundinhos parada, checando se a música realmente está saindo somente pelos fones, aí coloco de novo.

Ok, fico mais calma, e passo a escutar a minha música em paz. ATÉ achar que alguém está falando comigo. Eu sempre acho que alguém está falando comigo quando estou de fones. Principalmente o porteiro: eu entro no meu prédio, vejo ele mexendo a boca e deduzo que foi um “Oi, Rubia, tudo bom?”, e respondo um “Tudo” no automático. Depois, fico encarando ele um pouco , pensando “Será que dei a resposta certa?” e só então resolvo tirar o fone. Aí, como tirei o fone e encarei ele, ele acha que estou falando com ele, mas não estou. Ficamos nesse desencontro de comunicação até, por fim, eu entrar no elevador.

Tudo por causa dos fones. Mas o que seria minha vida na cidade grande sem eles? E, principalmente, o que seria minha vida trabalhista sem eles? Seria impossível manter a boa convivência no trabalho se eu não tivesse, de vez em quando (ou sempre) a fuga para os meus fones.

Celular e banho
Também sempre acho que meu celular está tocando enquanto estou tomando banho. E sempre saio apressada, indo checar se tem alguma ligação perdida ou mensagem: nada. Quase nunca meu delírio auditivo é real, mas não importa – sempre irei checar.

Cenas pós créditos e 3D
Sempre considerei aquelas cenas finais que vem depois dos créditos de um filme o Ápice da existência. A Solenidade suprema da Sétima Arte, recurso que só deveria ser usado naquele filme – aquele! – filme que você é maníacamente fã. Sou do tipo que sempre fica nos créditos finais, porque acho deselegante (piada interna Deh!) não prestigiar todo aquele povo que fez o filme (estou super pronta para um discurso no Oscar, viram?!).

O mesmo digo para o 3D. Partilho da mesma teoria.

Mas, de uns tempos para cá, banalizaram tudo isso. Qualquer filmeco tem versão em 3D e cenas pós-crédito. ORKUTIZARAM recursos tão legais no cinema! Não gosto nem um pouco disso.
Aliás, não gosto de muitas orkutizações, mas isso pode ser tema para um próximo post.

Shuffle que lê pensamentos
Eu sempre deixo minha playlist no random/shuffle, porque assim sempre sou surpreendida com as músicas que irão tocar. Adoro essa surpresinha que o shuffle reserva (às vezes). Mas o que realmente me assusta é a transmissão de pensamento que existe com ele: sempre – sempre! – que eu penso em alguma música X, pronto! Ela começa a tocar.
É só comigo?

CANTINHO DO LEITOR
... E como algumas pessoas de fato lêem as coisas completamente aleatórias que escrevemos aqui, nosso querido leitor Thiago *voz da Xuxa* deu essa dica comparando Harry Potter com Star Wars. Eu comecei a comparar com Senhor dos Aneis, mas ele foi um pouco mais nerd (isso foi um elogio, viu?).


Enquanto houver leitores, haverá esperança!