segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Aquele do chato em shows

Show é uma coisa complicada, por mais que você tente respeitar o perímetro alheio, com aquele empurra empurra é quase impossível não esbarrar em fulado ou dar uma cotovelada no baço do sicrano. 
O bom é que, quando vamos a um evento assim, todo mundo já sabe que pode sair com um roxo aqui, tomar um pisão ali e levamos isso na boa, porem sempre há aquele cara que extrapola esse limite. Aquele chato que acha que está em casa. O "behavior code" deste tipo consiste em:

1) Achar que só ele que ver o show.

Dane-se aquela pessoa que dormiu na porta. Azar do cara que chegou mais cedo. O chato sempre acha que ele é esperto e que é só pular as pessoas sentadas na frente e ficar naquele pequeno buraco que deixam para que o outro possa se apoiar na hora de levantar. O chato se instala ali e faz cara de paisagem quando alguém o encara.


2) Ficar bêbado.

Não importa o quão caro seja, não importa se a cerveja estará quente, o chato ficará bêbado. E ele nunca está sozinho, sempre há um grupo de amigos que também ficarão bêbados antes da atração principal subir ao palco. 
O lado bom é que acabam por sair antes do final já que, ou precisarão ir ao banheiro ou à enfermaria, mas não antes de empurrar/cambalear/cair nas pessoas em volta e cantar a plenos pulmões uma musica aleatória.


3) Pular pra trás.

Juro! Há uma inabilidade em algumas pessoas em pular reto. E, obviamente, o chato tem essa inabilidade. Ele irá pular como se estivesse fazendo um stage diving, só que sem o glamour de subir no palco, e usará uma mochila de camping nas costas para se certificar que ninguém sairá impune.
Caso não saiba se consegue ou não pular reto faça o teste de costas para uma sacada sem guarda corpo...


Quando tentar isso, me chame! 

4) Bomba humana

Na boa, 1 semana antes do show diminua o Whey, as albuminas, o ovo e a batata doce. Ok que você é bombado mas usar a técnica do gás para ganhar espaço não vai funcionar. 

5) Dança inadequada 

E não estou pensando em nenhuma forma de dança de acasalamento, só o simples: se é show de rock não de os braços com os coleguinhas do lado e pule como se fosse um show da Ivete. Não, simplesmente NÃO! 

6) A técnica "gato"

Todo mundo que tem um gato sabe que esses bichos tem a mania de encostar no dono enquanto dorme, O dono com medo de machucar o bichinho da espaço na cama, e o bicho vai lá em encosta de novo, e essa dinâmica ocorre ate o dono perceber que está com apenas 1/10 da cama e o bichano já dominou tudo. O Chato fará a mesma coisa. Ele irá se encostar, apoiar e tentar perfurar seus pulmões com o cotovelo ate seu instinto de sobrevivência falar mais alto e dar o espaço.

7) "Esqueci a panela no fogão"

Assim que o show terminar o chato irá correr e tentar sair antes de todo mundo, empurrando e falando alto como se tivesse atrasado para algo muito importante. E quando cconseguir pegar o carro, subitamente incorporará um piloto de F1 e vai buzinar para todos que estão na rua/calçada/Ilha/poste...

Ir em show é uma experiência fantástica, mas os chatos...


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

30 Coisas que Incomodam

Inspirada pelo video do PC Siqueira:


Em 24h de existência, o que pode me incomodar (e muito provavelmente vai):       
  1. Acordar. Ponto. Tenho preguiça de existir.
  2. Checar todas as coisas importantes (chaves de casa, celular, fone, gloss, bilhete único) para sair de casa, e quando chego no térreo, descubro que chequei feito minha cara e esqueci algum item que eu achei que estava checado.
  3. Estar a poucos metros de distância do ponto, e ver o ônibus ir embora sem você. (porque se tem uma coisa que eu me recuso é sair correndo para pegar ônibus. Sou pedestre mas ainda tenho glamour)
  4. Estar no ponto, mas seu ônibus contornar todos os outros que estão parados e não parar, e ficar mergulhado no constrangimento por ter dado sinal e ficado no vácuo (tem aqueles que xingam o motorista p/ só deixar o constrangimento menor)
  5. Finalmente entrar no ônibus e ele estar cheio, muito cheio, cheio daquele jeito que você não imaginava nem no pior dos seus pesadelos. E vir alguém e puxar o fone do seu ouvido na tentativa de passar.
  6. A pessoa à frente, na catraca, ficar procurando as moedinhas para pagar o cobrador.
  7. Gente que conversa dentro do ônibus, como já expressei anteriormente aqui (procure o post, estou com preguiça de criar o link)
  8. Transporte público de forma geral. Vamos resumir, senão a lista vai para mais de 100 itens só nesse quesito.
  9. Chegar no trabalho, mal sentar na cadeira e já vir alguém perguntando alguma coisa importante. E a pessoa não se intimida pelo fato de você ainda estar fazendo login na máquina, segurando um café com leite numa mão e um pão na chapa na outra. E o pior de tudo: ela sabe que a sua resposta será “deixa eu abrir meu Outlook que eu te respondo”, mas ela te incomodará mesmo assim.
  10. Mal entrar no MSN e alguém vir dar “bom dia”.
  11. Pessoas me dando bom dia independente da forma de comunicação, na verdade. Eu sou um demônio de mau humorada quando acordo. Não me deseje bom dia, espere eu voltar a ser um ser humano primeiro.
  12. Gente entusiasmada contando o fim-de-semana sem graça que teve.
  13. Pensar que provavelmente meu fim-de-semana foi mais sem graça ainda que o da pessoa.
  14. Telefone tocando logo cedo. (Cedo = até 11h)
  15. Gente que para do seu lado para conversar e fica olhando tudo o que está aberto na tela do computador.
  16. Ir almoçar em praça de alimentação de shopping.
  17. Ir almoçar com gente chata que você não conseguiu evitar que fosse junto.
  18. Socializar. Não tenho o dom.
  19. Sustentar a socialização pós-almoço, quando você encontra as mesmas pessoas chatas no café.
  20. Perder o crachá e ficar esperando alguém abrir a porta.
  21. E quando alguém finalmente surge, faz a já clássica piadinha “Ih, sem crachá? Passa ali no RH que eu acho que aconteceu alguma coisa hein” rá-rá
  22. E essa piadinha fica ainda mais insuportável porque eu trabalho no RH.
  23. Tentar escovar os dentes catorze vezes e o banheiro sempre estar ocupado.
  24. Você desistir de escovar os dentes, e depois, quando passa em frente ao banheiro, vê que ele está desocupado.
  25. Mas entre ir pegar a nécessaire e voltar, já está ocupado de novo.
  26. Ar condicionado e mulheres. Odeio mulher friorenta que reclama do ar condicionado. Odeio. Com toda minh’alma.
  27. Ir embora no horário. Sempre tem alguém que vai fazer a piadinha “Está desmotivado? Já vai? Fica mais um pouco!”
  28. Mais fácil incluir nesta lista Piadinhas de Firma. Todas elas incomodam.
  29. Bom, e aqui o transporte público novamente, no retorno ao lar.
  30. Finalmente chegar em casa. Mas já está tarde e não dá tempo de fazer tudo o que se quer, porque no dia seguinte essa lista começa outra vez.
Mas sabe o que faz a vida valer a pena? Isso aqui:



TEQUILA!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Socializando com seu chefe: um breve relato

Noite de grande evento para nossa empresa. Ganhamos um prêmio de Melhor Empresa para se Trabalhar em Ti e Telecom (não, não receberei currículos, nem quero ler comentários perguntando sobre emprego) e eu e meu Big Boss, também conhecido como  Bruno Mazzeo (separados no nascimento) fomos a estes centros de convenções chiquérrimos receber o prêmio, devidamente embalados em terninhos e gravata.

No caminho, Bruno Mazzeo reclamava que seu celular não pegava e que tinha quatrocentas e dezenove pendências para ir resolvendo no caminho/trânsito até chegarmos ao centro de convenções. Eu, decidida a desempenhar o papel de “Funcionária Modelo de 2011” gentilmente ofereci:

- Qualquer coisa você usa o meu celular.
- Ah, olha, vou querer mesmo. Me passa ele.


Não era para você aceitar, Bruno Mazzeo. Eu só estava sendo gentil. Era só para constar.

Porque automaticamente veio na minha cabeça: EU SÓ TENHO R$5,60 DE CRÉDITO. Imagina o meu constrangimento se ele ligasse para um cliente e no meio da conversa super importante, a ligação cai, e o motivo? Meus créditos acabaram.

Seria aquele momento que, já que o constrangimento veio, nada deixaria pior, e eu certamente soltaria um comentário inadequado (porque eu sou meio  Luna Lovegood/Phoebe Buffay, sempre solto uns comentários nada a ver) como, por exemplo “Viu? Preciso de um aumento! Nem dinheiro para colocar crédito eu tenho!”
No meio dessa minha divagação, e ao mesmo tempo orando aos Céus que o celular dele resolvesse funcionar... *luz de milagre* Funcionou! Ufa! Foi por pouco.

Ok. Evento. Premiação. Booooring. Ali pro final da noite (dias e dias depois, no meu tempo psicológico) a empresa que ficou em primeiro lugar subiu ao palco para receber o prêmio. Óbvio que foi a Google que ganhou o primeiro lugar. E eu, sempre muito feliz nas colocações, viro para o meu Big Boss e digo:

- Ai, se eu soubesse que o cara da Google ia estar aqui, teria trazido meu currículo.
Quando eu terminei a frase, pensei que talvez não tivesse sido um comentário muito legal para se fazer ao chefe/dono da empresa. Talvez. Quando, para minha surpresa, ele vira e me diz:

- Se eu não tivesse a empresa, até eu entregaria meu currículo para ele. E Bruno  Mazzeo sorriu.

E eu sorri.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Divagações, parte 2

Como, normalmente, as sequências de alguma coisa nunca são muito boas, não espere nada muito valioso neste post. Mas, cá estou trabalhada no tédio, e divagando – como sempre.

Fones
Quando entro em algum ambiente mais privado (leia-se elevadores e ônibus), sempre acho que todo mundo está ouvindo a música que eu estou ouvindo. Tiro os fones, e fico uns segundinhos parada, checando se a música realmente está saindo somente pelos fones, aí coloco de novo.

Ok, fico mais calma, e passo a escutar a minha música em paz. ATÉ achar que alguém está falando comigo. Eu sempre acho que alguém está falando comigo quando estou de fones. Principalmente o porteiro: eu entro no meu prédio, vejo ele mexendo a boca e deduzo que foi um “Oi, Rubia, tudo bom?”, e respondo um “Tudo” no automático. Depois, fico encarando ele um pouco , pensando “Será que dei a resposta certa?” e só então resolvo tirar o fone. Aí, como tirei o fone e encarei ele, ele acha que estou falando com ele, mas não estou. Ficamos nesse desencontro de comunicação até, por fim, eu entrar no elevador.

Tudo por causa dos fones. Mas o que seria minha vida na cidade grande sem eles? E, principalmente, o que seria minha vida trabalhista sem eles? Seria impossível manter a boa convivência no trabalho se eu não tivesse, de vez em quando (ou sempre) a fuga para os meus fones.

Celular e banho
Também sempre acho que meu celular está tocando enquanto estou tomando banho. E sempre saio apressada, indo checar se tem alguma ligação perdida ou mensagem: nada. Quase nunca meu delírio auditivo é real, mas não importa – sempre irei checar.

Cenas pós créditos e 3D
Sempre considerei aquelas cenas finais que vem depois dos créditos de um filme o Ápice da existência. A Solenidade suprema da Sétima Arte, recurso que só deveria ser usado naquele filme – aquele! – filme que você é maníacamente fã. Sou do tipo que sempre fica nos créditos finais, porque acho deselegante (piada interna Deh!) não prestigiar todo aquele povo que fez o filme (estou super pronta para um discurso no Oscar, viram?!).

O mesmo digo para o 3D. Partilho da mesma teoria.

Mas, de uns tempos para cá, banalizaram tudo isso. Qualquer filmeco tem versão em 3D e cenas pós-crédito. ORKUTIZARAM recursos tão legais no cinema! Não gosto nem um pouco disso.
Aliás, não gosto de muitas orkutizações, mas isso pode ser tema para um próximo post.

Shuffle que lê pensamentos
Eu sempre deixo minha playlist no random/shuffle, porque assim sempre sou surpreendida com as músicas que irão tocar. Adoro essa surpresinha que o shuffle reserva (às vezes). Mas o que realmente me assusta é a transmissão de pensamento que existe com ele: sempre – sempre! – que eu penso em alguma música X, pronto! Ela começa a tocar.
É só comigo?

CANTINHO DO LEITOR
... E como algumas pessoas de fato lêem as coisas completamente aleatórias que escrevemos aqui, nosso querido leitor Thiago *voz da Xuxa* deu essa dica comparando Harry Potter com Star Wars. Eu comecei a comparar com Senhor dos Aneis, mas ele foi um pouco mais nerd (isso foi um elogio, viu?).


Enquanto houver leitores, haverá esperança!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Divagações...

Depois de ter sido atingida por um raio em uma viagem de “férias” e por um incêndio no meu prédio do trabalho, mas ainda viva, eis que minha pobre cabecinha tem feito o que faz de melhor: divagar.
Perita que sou em pensamentos e comentários totalmente aleatórios, vou compartilhar alguns deles .

... sobre Música.
Sempre que eu vou baixar uma música, fico impressionada com a facilidade de acesso que temos a elas hoje. Não importa quantos downloads eu faça, sempre me surpreendo em como foi simples e rápido, sempre a sensação de “nossa, esse mundo de hoje, que inovador não?”.

Lembro da época das fitas, e da época que eu era tão somente uma estudante do Ensino Médio, e ficava o dia inteiro escutando rádio, esperando quando fosse tocar uma música do Pearl Jam, do Nirvana (e confesso, das Spice Girls) para gravar na fita. Era sempre o mesmo processo: a espera, depois o “susto cardíaco” de quando ela finalmente começava a tocar, e aqueles 13 segundos do comecinho da música que sempre, sempre!, eram perdidos – dado o tempo de reação necessário para apertar o rec.
Depois, quando baixava aquela obsessão pela música, tinha que voltar a fita no comecinho da música para ouvi-la de novo e de novo e de novo, o que acarretava umas 15 tentativas até você conseguir realmente pegar do comecinho, porque não dava para saber. Isso depois, claro, de ter ficado esperando o locutor do rádio dizer o nome da música ou esperar o clipe passar na Mtv.

Hoje, não: você digita o nome, que você já sabe com um mês de antecedência porque o viu no Twitter da banda no pré-lançamento no album novo, e em segundos lá está ela prontinha no seu iTunes, celular e demais lugares do mundo, pronta para ser ouvida à exaustão. E se antes a gente se contentava com 20 músicas numa fita, hoje temos mais de mil na nossa playlist e mesmo assim, nos pegamos dizendo: “tem música nova aí? Tô enjoada das minhas.”
Óbvio, prefiro como é hoje, mas dá saudadinha de ter fitas. E meu rádio é quase uma peça de decoração na sala de casa, porque conto nos dedos das mãos quantas vezes o usei de verdade.

Ainda divagando... e quando bate A Obsessão por uma musica? Eu tenho umas metas malucas de querer decorar a letra inteira, inteirinha mesmo, para ter aquela sensação libertadora e feliz de cantar a música a plenos pulmões. Isso quando não cantarolo as músicas desafinadamente enquanto caminho na rua, totalmente esquecida de que canto mal e de que as pessoas estão me olhando esquisito.

E isso de ficar obcecado por uma música é um tanto perturbador. Eu fico procurando tudo que pode existir sobre ela, e vez ou outra descubro que faz parte da trilha sonora de tal filme. Aí me bate a obsessão de baixar a trilha desse tal filme, e ver se descubro mais alguma coisa legal , e aí descubro uma outra música para ficar obcecada. E assim caminha a humanidade.

Então, no momento, minha obsessão é a música O’Children, do Nick Cave & The Bad Seeds, e estou numa pré-obsessão por He Lays in the Reins, do Iron & Wine com Calexico. (Se você estava enjoado das suas 4.956 músicas, ouça estas).

... sobre pedestres.
Por que, Ó Senhor divino e portentoso (!), os pedestres não sabem andar em linha reta e no canto da calçada? Por que as pessoas tem que andar no meio da calçada, como se só elas estivessem caminhando sobre a Terra, mas quando você resolve ultrapassar essa santa criatura, ela resolve se desviar 30cm exatamente para o lado que você estava indo?
Como se já não existissem coisas o suficientes no mundo que me irritam.

... sobre Harry Potter e Senhor dos Aneis.
Só pelo início da minha divagação já deu para notar que eu leio e leio e leio, para sempre e mais um dia. Então, sim, li tooodo o Harry Potter (várias vezes, inclusive, e a @dehmundin sabe como ninguém dos meus estudos aprofundados e analíticos de HP) e li as 1.200 páginas do Senhor dos Anéis.

Tudo isso para chegar na conclusão de que: o Harry deve ser a próxima encarnação do Frodo. As semelhanças são até óbvias – os dois são irritantemente normais mas são escolhidos sabe-lá-por-que para salvar a Humanidade, mas precisam de toda uma equipe de apoio para fazerem isso, senão morreriam no meio do caminho. Aí aparece o Rony/Sam como o leal e bobalhão fiel escudeiro, que fica do lado do tonto do herói principal, fazendo ele pensar que não é tão tonto assim (embora seja).

Isso sem falar na mensagem de “superação pessoal/você consegue se acreditar em si mesmo” e não desistir nunca. Tudo bem que essa mensagem super funciona, e antes que alguém resmungue, sou muito fã de HP, então minhas divagações não são em tom de critica.
O inimigo é uma coisa amorfa, que conforme vai tomando corpo, vai ficando mais e mais assustador, e tomando conta da cabeça do “herói” e domindando os pensamentos dele. E o anel/medalhão que pesa o coração de todos que o usam, e os dementadores/nazgul mega assustadores que sobrevoam sua cabeça o tempo todo. Mas sempre tem o Gandalf/Dumbledore para salvar o “heroi” que, no fundo, nunca sabe o que tem que fazer.

Enfim, mas como esse post já está muito longo, vou parar por aqui e deixar o resto para quem queira me acompanhar nessa discussão em uma mesa de bar.

... sobre incoerências internas.
As pessoas não aceitam que você goste de coisas, músicas ou filmes que saiam do padrão que teoricamente você esta enquadrado, e que foi pré-determinado para você. Portanto, se você gosta de rock, você deve e só pode gostar de rock, porque se você gostar de... Beethoven... ah! então você não gosta de rock, e automaticamente a pessoa perde um pouco do respeito por você. Se você gosta de Lady Gaga mas curte uma música do Metallica... ah! mas você não entende nada de rock, como pode gostar disso? Isso vale para filmes: se eu me considero cult e muito mais inteligente que toda a raça humana, jamais poderei rir com um filme besteirol americano ou me render a um blockbuster... e se eu sou uma mulher independente e moderna, nunca assistirei uma comédia romântica.

Me irrita profundamente essa mania de estereotipos das pessoas. Profundamente.

Posso ter na minha playlist Green Day e Hanson.  Slipknot e Katy Perry. Alanis Morrissette, The Doors e a trilha sonora do Twilight.  E, na boa?, gente autêntica é assim: não se rende a padrões e opiniões alheias.
E essas são as pessoas mais legais: porque elas estão abertas a um mundo que a maioria não enxerga.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dica do Dia

Calma, pessoal, dessa vez não cometi nenhum constrangimento social (ainda).
Uma dica da minha amiga Heloísa, um tumblr com coisas engraçadas:

 http://sou-fail.tumblr.com/

Enjoy it.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O salto (ou a falta dele)

Sexta-feira, friozinho gostoso, e aquele desespero para ir embora do trabalho, direto para casa, onde me esperava uma noite de muito edredon e muito filme. Fiquei no meu eterno dilema: vou para casa a pé ou de ônibus? Vocês, amados leitores, sabem das minhas inúmeras aventuras em transportes públicos, então, para evitar qualquer incidente, fui a pé.
Bela e feliz ouvindo minhas musiquinhas. *lalala*

Quando eu estava na metade do segundo terço do meu trajeto (divido meu percurso a pé de 40 minutos em 3 partes, porque psicologicamente funciona para eu achar que é perto), senti uma “coisa estranha” na sola do pé. E como tudo que pode acontecer certamente acontecerá comigo, quando sinto uma “coisa estranha” já sei que lá vem história.

E vinha mesmo: estava pisando no chão com a minha meia. Senti um umidinho esquisito na sola do pé. Aí parei (imagino a minha cara de “ué”) e, olhando para trás, vi que lá estava a sola da minha bota. Tinha ficado há muitos passos, e eu demorei um tempo ainda para perceber.
Só que o salto da bota era alto, e no outro pé eu ainda estava de salto, o que me deixava ainda mais ridícula, e mais ridículo ainda eu ter demorado para perceber que eu estava com a meia na calçada. Voltei, recolhi o salto, e arranquei o outro, para nivelar a coisa toda.

Lógico que nesse meio tempo eu já tinha ligado para a minha mãe e estava desesperada pensando como eu ia andar o 3/3 do trajeto. Imagine a cena: eu estava na Rebouças, parada no meio do nada, com um pé de meia (porque depois acabei resolvendo arrancar a bota, porque de que adiantava eu estar com ela?), a bota na mão, metade de bota no outro pé e um salto na outra mão... quando, passa por mim, o lindo, o liiiiiindo-fofo do Di Ferrero.

Vem ser minha Cinderela e me dá esse pézinho com meia

Sim, gente, eu mega pago pau para o vocalista do Nx Zero. TÔ-NEM-AÍ que a música não é lá grande coisa (juro que tenho bom gosto musical), e o mais importante: ele estava estilosíssimo de chapéu *suspira* Justo nessa hora. Se eu estivesse agindo como uma pessoa normal (ou seja, botas nos pés, e saltos nas botas, como o mundo deve ser) tinha sido uma tiete adolescente e pedido foto. E pedido o telefone dele. E pedido ele em casamento.
Mas não. Óbvio que não. Eu tinha que estar parecendo uma louca.
E lá se foi minha chance de pegar o Di Ferrero. Autografo, claro.

Depois disso, apareceu um santo táxi *luz de milagre*.
Você pensa: acabou, foi só isso? Óbvio que não.

Não tinha um puto na carteira (vou de Visa, sempre) e tive que pedir para o taxista parar no posto de gasolina perto de casa para eu sacar dinheiro. Não tinha lugar dentro do posto, ele teve que parar na calçada e eu tinha que atravessar o posto andando. Nesse meio tempo, eu já tinha resolvido tirar a outra bota e ficar só de meia mesmo, porque né, só tinha que andar um pedacinho, se o táxi tivesse parado dentro do posto. Mas não: lá fui eu atravessando o posto de meias. Um luxo.

Aí você reflete. De manhã, vejo isso:
Prefiro o Harry.

E de noite, essa história toda.
Conclusão: PUTA QUE PARIU MUNDO, VAI SER INJUSTO ASSIM LÁ NO INFERNO.