sexta-feira, 29 de abril de 2011

O salto (ou a falta dele)

Sexta-feira, friozinho gostoso, e aquele desespero para ir embora do trabalho, direto para casa, onde me esperava uma noite de muito edredon e muito filme. Fiquei no meu eterno dilema: vou para casa a pé ou de ônibus? Vocês, amados leitores, sabem das minhas inúmeras aventuras em transportes públicos, então, para evitar qualquer incidente, fui a pé.
Bela e feliz ouvindo minhas musiquinhas. *lalala*

Quando eu estava na metade do segundo terço do meu trajeto (divido meu percurso a pé de 40 minutos em 3 partes, porque psicologicamente funciona para eu achar que é perto), senti uma “coisa estranha” na sola do pé. E como tudo que pode acontecer certamente acontecerá comigo, quando sinto uma “coisa estranha” já sei que lá vem história.

E vinha mesmo: estava pisando no chão com a minha meia. Senti um umidinho esquisito na sola do pé. Aí parei (imagino a minha cara de “ué”) e, olhando para trás, vi que lá estava a sola da minha bota. Tinha ficado há muitos passos, e eu demorei um tempo ainda para perceber.
Só que o salto da bota era alto, e no outro pé eu ainda estava de salto, o que me deixava ainda mais ridícula, e mais ridículo ainda eu ter demorado para perceber que eu estava com a meia na calçada. Voltei, recolhi o salto, e arranquei o outro, para nivelar a coisa toda.

Lógico que nesse meio tempo eu já tinha ligado para a minha mãe e estava desesperada pensando como eu ia andar o 3/3 do trajeto. Imagine a cena: eu estava na Rebouças, parada no meio do nada, com um pé de meia (porque depois acabei resolvendo arrancar a bota, porque de que adiantava eu estar com ela?), a bota na mão, metade de bota no outro pé e um salto na outra mão... quando, passa por mim, o lindo, o liiiiiindo-fofo do Di Ferrero.

Vem ser minha Cinderela e me dá esse pézinho com meia

Sim, gente, eu mega pago pau para o vocalista do Nx Zero. TÔ-NEM-AÍ que a música não é lá grande coisa (juro que tenho bom gosto musical), e o mais importante: ele estava estilosíssimo de chapéu *suspira* Justo nessa hora. Se eu estivesse agindo como uma pessoa normal (ou seja, botas nos pés, e saltos nas botas, como o mundo deve ser) tinha sido uma tiete adolescente e pedido foto. E pedido o telefone dele. E pedido ele em casamento.
Mas não. Óbvio que não. Eu tinha que estar parecendo uma louca.
E lá se foi minha chance de pegar o Di Ferrero. Autografo, claro.

Depois disso, apareceu um santo táxi *luz de milagre*.
Você pensa: acabou, foi só isso? Óbvio que não.

Não tinha um puto na carteira (vou de Visa, sempre) e tive que pedir para o taxista parar no posto de gasolina perto de casa para eu sacar dinheiro. Não tinha lugar dentro do posto, ele teve que parar na calçada e eu tinha que atravessar o posto andando. Nesse meio tempo, eu já tinha resolvido tirar a outra bota e ficar só de meia mesmo, porque né, só tinha que andar um pedacinho, se o táxi tivesse parado dentro do posto. Mas não: lá fui eu atravessando o posto de meias. Um luxo.

Aí você reflete. De manhã, vejo isso:
Prefiro o Harry.

E de noite, essa história toda.
Conclusão: PUTA QUE PARIU MUNDO, VAI SER INJUSTO ASSIM LÁ NO INFERNO.

3 comentários:

  1. hahahahahahahahahahahahahaha.

    pq tem coisa q só acontece com vc! SEM DUVIDA o mundo ta de sacanagem...

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  2. ah vá que você também percebeu isso. que perspicácia!

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  3. podia ser pior... podia ter uma escada rolante devoradora de roupas no posto...

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